terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Entrevista com Rodrigo Amarante

Já estou pra compartilhar isso aqui a algum tempo...

Aproveito o sentimento de "recesso" e, ao invéz de escrever, posto uma opiniâo da qual eu compartilho. Tanto no tocante ao jornalismo como no tocante ao sucesso

VALEU

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que vocês acham?

Deus ajuda a quem cedo madruga ou cedo ajuda quem por Deus "madruga"?

Casa Grande (do grande Gladir Cabral)

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Sem mais outros comentários, essa é uma música que expressa o que vejo de melhor na poesia e música cristãs. A versão que conheço encontra-se no CD "Voz, violão e algo mais" de João Alexandre.

Eis ai a obra de arte...


Casa Grande

A Casa Grande é branca e branda como a seda
Acolchoada, fina e nobre como a renda
Mas aqui fora reina a lei da reprimenda
Da palmatória, nossa praga, nossa prenda, ai, ai!
Doutores, caros, fortes, ricos e senhores
Que suspirais pela janela dos amores,
Rogai por nós, marcados por terríveis dores,
De vós vem nossas esperanças e temores...

Os nossos corpos sendo mortos pouco a pouco,
Os nossos sonhos já desfeitos, todos loucos...
Na Casa Grande há uma cruz numa parede...

No coração de um negro há uma Casa Nova,
Sem palmatória, sem corrente obrigatória,
Sem mais senhores, todos são, de todo, amigos
E nas paredes não há cristos esquecidos...
Nessa fazenda Deus é gente aproximada,
É dia inteiro, tarde, noite e madrugada,
Motivo, encontro, comunhão e caminhada,
Faz liberdade ser bem mais que uma palavra,
Ai, ai!

Os nossos corpos redimidos num momento
Bem mais veloz que a luz de todo pensamento...
A nossa Casa é muito mais que uma fazenda...

(Gladir Cabral)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pensando pequeno

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Ficamos atrelados aos presentes maiores...

Essa época de natal me lembra quando eu era criança. Parece que o natal era mais "descolado" quando da mente juvenil de outrora...

Mas isso não vem ao caso, o que importa são os fatos: Quando chegava a hora dos presentes, invariavelmente eu procurava a maior caixa ( leia-se: a que parecia não ser a caixa de cuecas, presente esse factível quando se tem tios e tias). Os maiores sempre me chamavam mais atenção, mesmo depois de várias experiências de presentes pequenos que me foram muito mais atraentes depois de descobertos...

Às vezes nós pensamos assim da vida. Temos a tendência de dar mais valor às coisas grandes, vistosas. De fato elas são importantes, mas não tão mais importantes do que algumas experiências que insistimos em deixar passar em branco. Acho que é por isso que dizem que nunca se é velho de mais para se aprender um novo jeito de ser um estúpido. Porque a nossa mente é uma engenhoca megalomaníaca, fanática, que só pensa naquilo que satizfaz aos nossos olhos; não os físicos, necessariamente, mas os da alma. E vamos deixando as coisas que fazem diferença no nosso aprendizado passarem como as moças de meia idade... totalmente desapercebidas.

Algumas coisas simples nos tornam seres mais complexos, mais completos; ao passo que tantas outras grandes coisas nos fazem apenas detentores de grandes coisas, e não grandes homens. Creio que o pensamento que nos norteia, principalmente enquanto cristãos, é o de "ser" alguém, ter uma identidade definida. O que pressupõe de forma instantânea a igual necessidade de ter a consciência de que, para "ser", é preciso se esvaziar.

Está aí o grande ponto! Ao nos esvaziarmos, dando valor às coisas simples e aos conceitos simples, nos tornamos grandes homens. Ao nos humilharmos diante d'Aquele que é sobre todos, aprendemos a sermos menores, razão que nos faz assim, grandes homens.

Ao aprendermos o verdadeiro significado de palavras simples; como "amor", "perdão", "fé", "esperança", podemos ver a grandeza do que é verdadeiramente profundo (o que também nos torna grandes homens).

Então, ao invéz de "pensar grande", porque não tentar "pensar pequeno"? Se fossemos mais meticulosos no que tange às balzaquianas, talvez encontrássemos tesouros maiores ainda...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Smo[ngol]king II

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Mas que o fumante é um drogado aceito pela sociedade (politicamente "correta"), isso ninguém me tira da cabeça...

Que me perdoem os amigos e familiares drogados, mas é a verdade nua e crua.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Inteligência

Inteligência é mesmo sinônimo de conhecimentos gerais, às vezes baseados em pressupostos pra lá de contestáveis, ou mesmo de uma fala maquiada por uma eloquência dissimulada?

Tenho certeza que muitos que tem conhecimentos gerais e falam eloquentemente tiveram que ler a pergunta mais de uma vez pra entender...

domingo, 30 de novembro de 2008

Tributo aos "History Makers"

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Em 2009, a banda inglesa "Delirious" irá encerrar um ciclo de alguns bons anos... O "Delirious" anunciou que não haverá mais shows a partir do fim de 2009 por questões pesssoais do vocalista Martin Smith. No myspace da banda, uma entrevista (em inglês) esclarece, dentre outras coisas, que os integrantes continuam sendo amigos e adorando fazer o que fazem, mas precisam se dedicar mais às suas familias e outros projetos pessoais. Presto aqui então o meu tributo à essa banda que, de fato, fez e continuará fazendo história com um legado musical e espiritual que poucos podem se orgulhar de terem deixado.

Vida longa à história do Delirious?!?!?!?!?!?!?!


"I'm gonna be
A history maker in this land
I'm gonna be
A speaker of truth to all man kind..."

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Gente estranha

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É de lei...

Sempre acontece comigo;

Encontrar pessoas estranhas é uma constante na minha vida. Talvez por ter estudado música em uma escola bem; digamos, "eclética" como a Villa Lobos, me acostumei desde cedo a ver cabelos e estilos dos mais estranhos e exóticos possíveis ( Salve a escola da rua Ramalho Ortigão!). Mas o assunto de hoje não trata dessas pessoas; ou melhor, desse tipo de estranhesa.

Tem gente que é estranha de uma outra forma. É uma estranheza representada por atitudes que são TÃO desnecessárias, que de tão desnecessárias soam estranhas, mais ainda do que os cabelos dos estudantes da arte maior. São pessoas que acham que só elas têm educação. As vezes essas pessoas propõe coisas que elas mesmas não fariam, mas, por achar que você não é tão educado e tão distinto quanto elas são, acabam te propondo e, tacitamente, declaram: "Já que você não é tão educado como eu, porque você não faz isso? Porque você não aceita aquilo?"

Outras pessoas são mais estranhas ainda... Se esquecem de que a gente se junta por afinidade, mas, com o passar do tempo, é preciso passar a olhar um pouco mais para as razões do que para as atitudes das pessoas, de maneira a manter vivos os relacionamentos.

Ainda há aquelas que de tão inseguras que são, não admitem que a vida apresenta o sol e a chuva para todos; que assim como temos momentos de ventura, o revéz também se mostra presente. Assim, não vêem que a maior vitória de todas é poder aprender com os nossos erros, buscar o acerto e, sobretudo, poder um dia olhar para os erros e não apenas chorar por eles; mas rir...

De tão estranhas que são, as pessoas me fazem sentir um cara mais estranho ainda...

Cara Estranho

"Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem"

(Los Hermanos)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Profundidade

Muitos parecem ter, alguns acham que têm; mas, na verdade, conheci pouquíssimas pessoas que mostram além de um sorriso amarelo e desconcertado. Esses dias tenho sentido falta de profundidade... Sinto falta de transparência nas atitudes e - por mais "naive" que isso pareça - no olhar. Mas acredito no ser humano, acredito que a vida continua sendo um presente; basta saber viver (mesmo longe da profundidade).

Ah! A vida!


"Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Viver
E não ter a vergonha de ser feliz... "

(Gonzaguinha)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Delirious? - Here I am Send Me

"There's nothing in my hands... but here I am, send me"

"Não há nada em minhas mãos... mas estou aqui, envia a mim."

Essa tem sido minha oração esses últimos dias... Essa música tem significado MUITO pra mim e eu não podia deixar de fazer mensão dela!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Preconceito velado

Não sei quanto a você...

Mas eu me incomodo muito com algumas conclusões "da moda" que tenho ouvido por ai. Como já foi escrito na minha descrição, sou estudante de direito e, muito por conta disso, tenho tido a oportunidade de participar de alguns debates sobre assuntos diversos. A lógica é sempre a mesma...

Se você se mostra conservador em algum aspecto, seja ele qual for, pode acreditar que a maioria das pessoas virão com paus, pedras e mais outras palavras hostis dizendo que você é preconceituoso, quadrado, necessita de uma mente mais "aberta" (como se mente aberta fosse sinônimo obrigatório de ausência de prejulgamentos). É quase que um fanatismo xiita, uma obceção radical pela "liberdade"!

Não posso de forma alguma conceber como pessoas dignas de um mísero minuto da minha atenção e do meu tempo as que me condenam por ser contra a teoria do "legalize". Pessoas que confundem liberdade com libertinagem e se apóiam em seu pragmatismo hipócrita, mentiroso e cheio de preconceitos enquanto tudo o que se tenta prezar é pela malfadada liberdade de expressão.

Não, não venham me dizer que sou preconceituoso... Não se minhas palavras não forem ofensivas, mas apenas contrárias a essa ilusão eufemisada pelo "progressismo".

O problema é que as vezes falar a verdade e contestar o senso comum pode ser ofensivo para quem não quer ver além da própria ingenuidade; gente que espera um conto de fadas para suprir os vazios da mente e do coração e, ainda por cima, insiste em negar a existência de uma verdade...


"Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria." (Charles Chaplin)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Switchfoot - Dare You To Move

Ótima banda; ótima música; ótimo clip e ótima letra...

Merece a postagem!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Na surdina

Por que tem gente que insiste em se dizer cristão mesmo tendo uma enorme tendência à relativização dos princípios do cristianismo? As vezes me ocorre que um rótulo pode confortar uma consciência pesada a esse ponto. É aquela coisa... "Vamos nos aliar ao pragmatismo presente e matar dois coelhos numa cajadada só: a gente se diverte na surdina e depois limpa a consciência aos domingos" (fazendo dele quase que uma quarta-feira de cinzas). E, para os tais, o cristianismo fica cada vez mais distante do que é de fato e se torna um mero "simulacro" da verdade.

domingo, 13 de julho de 2008

Dilema

Por que as pessoas insistem em achar que ser feliz é estar sempre com um sorriso de uma ponta a outra e dar gritos de "uhul" o tempo todo? Será que não percebem que lidar com os momentos de alegria é a parte mais fácil de "ser feliz"? Não percebem que felicidade não se resume a isso? Será que não notam que feliz mesmo é aquele que sabe lidar com os momentos tristes?

Há beleza nas lágrimas também; elas ensinam muito mais do que os sorrisos...

Sou muito feliz por saber disso; pelo menos disso.

terça-feira, 1 de julho de 2008

All Of The Above

esse he muito bom...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Hang Drum

A um tempo vi esse vídeo e achei que seria legal postar aqui...

Se trata de um instrumento de percussão melódico chamado "Hang Drum" ou apenas "Hang". Achei interessantíssimo porque exige do músico uma junção de técnicas de percussão e, ao mesmo tempo, sensibilidade melódica e, até mesmo, harmônica. Muito legal!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dave Matthews Band - Tripping Billies

nao são cristaos, mas sao muito bons!!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Assim como a galinha de grão em grão...

de jogo em jogo o Galvão enche o saco...

Smo[ngol]king

Nunca gostei de cigarro. Mas nos últimos dias tenho tomado um ódio tão profundo por esse pedaço inditoso de papel com uma meia dúzia de ervas alucinógenas que não consigo permanecer inerte no que diz respeito à escrita. Eu ODEIO cigarro. ODEIO o cheiro do cigarro. As pessoas andam na rua e despejam aquela baforada como se não tivesse ninguém atras delas! Confesso, o amor cristão dentro de mim ainda não alcançou o cigarro...

Sei lá, mas me parece que as pessoas que fumam se não são muito boçais, um dia foram. Uns fumam porque gostam. Esses são os mentecaptos. Outros, porque são viciados. Podem até querer parar, mas um dia - quando começaram - foram tão boçais quanto os boçais.

Com a palavra, Mário Quintana.

"Slogam para o ministério da saúde: o fumante é um retardado que ainda não conseguiu deixar de mamar."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Switchfoot - Dare You To Move

Uma das minhas bandas preferidas...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Leeland - Sound of Melodies

ai vai a primeira...

Leeland - "Sound of melodies"

Série de vídeos

Bom,

Além dos textos, passo a postar semanalmente ( vou tentar...) alguns vídeos que julgo muito bons. A maioria deles será de bandas cristãs. Essa série servirá para descaracterizar a música "gospel" clichê e, por vezes, ruim que vemos por ai. Independente de gosto musical, vou procurar colocar aqui coisas bem produzidas. Você pode não gostar de rock, por exemplo, mas vai ver um rock que julgo MUITO bem feito. E assim será como todos os outros estilos que aqui pousarem.

Então...

terça-feira, 13 de maio de 2008

E o Rubinho, coitado...

Frase do dia: " O Rubinho é tão lento que demorou 257 GP's pra ultrapassar o Patrese." rsrs...

PS: Para os que não fazem a mínima idéia do que se trata, o piloto brasileiro Rubens Barrichello quebrou o record de GP's disputados na Fórmula 1, antes pertencente ao ex-piloto Riccardo Patrese.

"Só sei que tudo sei; só porque não sei nada."

Hoje me coloquei a pensar sobre maturidade.

Levantei algumas questões sobre o que é ser uma pessoa madura, as qualidades que ela tem e tudo mais o que uma reflexão do tipo traz à luz. Confesso que tinha uma visão meio deturpada do que era essa virtude. Achava maduras aquelas pessoas bem preparadas, que sabiam o que queriam da vida; pessoas muito auto-confiantes. Não demorou muito para perceber que essa minha idéia era um tanto desmiolada.

As vezes eu me pego com algumas manias... Uma delas é a de classificar as coisas, mesmo não sendo uma pessoa nem um pouco sistemática. E dessa vez não foi diferente; achei uma forma - um tanto pitoresca, eu sei - de classificar as pessoas no tocante ao seu amadurecimento.

Fiquei pensando e cheguei à "brilhante" conclusão de que haviam três tipos de pessoas: Os imaturos; os que acham que são maduros e, por fim, os que de fato o são.

Para classificar os imaturos, não vejo figura melhor do que aquele adolescente chato (que um dia eu fui e, vez ou outra, ainda vejo um resquício dele dentro de mim) que não sabe perder, não sabe esperar, não sabe se comportar direito na casa dos outros, teima com tudo, se acha o dono da razão, o "rei da cocada preta" e quando ouve o primeiro sermão alheio, chora igual um boboca... Óbvio, existem muitos adolescentes muito adiantados para a idade deles, assim como existem adultos tão ou mais frescos do que o estereótipo que eu descrevi. Mas, guardadas as devidas exceções, é mais ou menos por ai.

Existem também os que "se acham". Esse é o pior tipo. O mais insuportável. As pessoas imaturas pelo menos são discaradas. Mesmo que não se trate do tal adolescente chato, quem tem uma visão um mínimo crítica percebe logo aquele cara cheio de fricotes. Mas o que se acha não. Esse aí é igual denorex; parece mas não é. É aquela pessoa que tem resposta pra tudo o que você precisa ou pergunta, mas nunca tem resposta para os próprios questionamentos. Tem opinião formada sobre tudo, mas não tem convicção de nada. Demonstra a sua auto-confiança como se fosse uma medalha, mas esquece que segurança é como intimidade; não precisa ser mostrada para existir e surtir efeito. Afora, os que se acham são, geralmente, egocêntricos...

E, por fim, existem as tão admiráveis pessoas com uma maturidade notável. Esses, reconhecem que o seu saber, como diria "vovô" Sócrates, está em reconhecer que não sabem. Reconhecer que precisam aprender. Esse sentimento traz certeza. Por mais paradoxal que pareça, esse reconhecimento traz paz, porquanto abarca uma visão mais lúcida da realidade vivida. Paz de saber que, mesmo quando somos cristãos, não deixamos de ser humanos. E erramos. Como erramos... Mas mesmo errando, não nos conformamos. Seguimos tentando acertar, mas sem a enfadonha culpa que a muitos faz desistir.


Me despeço com um texto que considero dos mais valiosos:

"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino." (I Co 13: 11)

Aplica-se à questão da eternidade, mas também me traz uma boa reflexão no que diz respeito às minhas frescuras...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Falando em músicas...

Tenho ouvido essa banda direto, muito boa! "Mute Math" o nome dela.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Aonde paramos mesmo?

Bom, depois de um hiato de quase um mês sem escrever por causa de alguns outros compromissos, volto a postar. E para recomeçar, deixo aqui uma música que compus esses dias. É a falta de inspiração para escrever... rs

espero que gostem...

Interlúdio

Penso no tempo
E num contratempo, esqueci
A vida e o dia são tão iguais
Vão ruir

Nesse momento não sinto
Mas hei de sentir
A brisa do vento
Que nunca me deixa cair

Como chuva passará
A vida dos mortais
Mas em tuas mãos permanecerão
Os que creram nos teus sinais

Ando cansado da luta
Não posso negar
Sonho acordado
Com o dia de estar no meu lar

Vendo de um lado, eu percebo:
Não posso encontrar
Vendo por outro
Meu Deus me conduz a chegar

Deixa eu andar
Nessa estrada
Mesmo que seja apertada

Quero sarar
Minhas chagas
Andar com Deus na jornada.


quinta-feira, 27 de março de 2008

A quarta estrofe remete à primeira



"O sangue no rosto, os cravos nas mãos, a coroa, a sede, o ódio dos homens, a distância do Pai, a dor, a cruz, a morte..."

Seria isso tudo necessário? Porque tanto? Eu merecia? Uma simples morte não era suficiente? Qual é o motivo do sofrimento?

Paro pra pensar... Será que isso tudo foi por acaso? Os meus pecados não poderiam ser pagos com uma morte menos dolorosa? Em meio a tantos questionamentos olho pra dentro e contemplo a resposta... O meu pecado gerou a sua dor. A minha falta de arrependimento, o seu sofrimento. O seu amor gerou o sacrifício...

"O sangue no rosto, os cravos nas mãos,a coroa, a sede, o ódio dos homens, a distância do Pai, a dor, a cruz, a morte... a VIDA!"

Qual é o preço da minha vida? Eu nunca vou saber. Só sei que para que eu a tivesse foi preciso que houvesse morte... E morte de cruz.

terça-feira, 25 de março de 2008

Muito boa...

"Só Miles Davis expulsa o pagode das pessoas!"

Salve Miles!

segunda-feira, 24 de março de 2008

O coelho e o moribundo

Nesse fim de semana que se passou, comemoramos(?) a Páscoa. Ai eu fiquei me perguntando: Nessa onda de coelho e ovo de chocolate o que os cristãos fizeram? É corriqueiro ver os crentes lutando contra o velhinho, já moribundo de tanto apanhar, no natal. Tudo bem... O "sentido" do natal não é "papai noel" - se é que 25 de dezembro tem algum sentido bíblico e cristão de fato - e por isso luta-se contra as fantasias comerciais, capitalistas selvagens e afins. Mas e a Páscoa?

Se essas comemorações têm algum sentido (ao meu ver a Páscoa até tem), por que se se fala tanto no Natal e não se dá o devido valor ao memorial da morte e ressurreição de Jesus? Afinal, o que nos trouxe a redenção foi o nascimento ou a morte de Cristo?

São essas pequenas, porém inditosas, inversões de valores que demonstram o descaso com algo que não deviamos de forma alguma ignorar...

sábado, 22 de março de 2008

"Antes de partir" (The Bucket list)

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Primeiramente, gostaria de ressaltar que sou fã incondicional do Jack Nicholson. Não sou um crítico de cinema propriamente dito, mas algo lá no fundo daquele olhar hora maníaco hora fraternal me faz acha-lo um ator de talento nato; e que não me venham os verdadeiros críticos me dizer o contrário!

Dito isto, passo a falar do conteúdo do filme.

Não há nada mais comum que ver pessoas arrogantes serem totalmente quebradas e terem seus mundos lançados por terra ao saber de uma doença. Isso é ponto pacífico, não é a minha questão. Também não há nada de tão diferente em querer "realizar" sonhos da juventude quando se sabe que vai morrer (pelo menos no meu imaginário, já que nunca recebi uma notícia como essa, graças a Deus). Não... Ainda não é isso o que mais me fascina. O que me chama a atenção nesse filme é a forma tão individual e única como cada um encara a morte. E não precisa saber de uma doença terminal para se refletir sobre isso.

Há dois aspectos no enredo. O primeiro é: como aproveitar a vida sabendo que "a fila está andando mais rápido" (eufemismos nessas horas tornam o texto mais leve...)? O que fazer? À uns, sobrevêm o conformismo; à outros, o desejo incontrolável de fazer tudo o que ficou pelo caminho (o caso do filme). O segundo é: E depois da morte? Há vida? Não há mais nada? Esse é o ponto que me faz saltar os olhos.

O maior medo de quem tem medo da morte não é a morte de fato. Por mais que uns afirmem isso, eu tenho uma convicção. O maior medo que as pessoas têm é o do incerto. A morte não é passível de gerar medo, porém é passível de gerar incertezas. Essas sim, geram o medo nas pessoas; medo do incerto, do desconhecido.

Voltando ao filme, lembro-me de uma discussão entre Edward e Carter (ou Ray, como prefere Edward). Para um, esse papo de Deus é muito vago... "Nós nascemos, morremos e a vida continua”; ao passo que para o outro se faz necessária uma explicação para a gênese. Um se conforma com o que vê; o outro busca o invisível; um acredita na moral e nos seus princípios, o outro acredita na sua fortuna...

E numa incômoda catarse, me pergunto:

Sou altruísta e esperançoso como Ray ou cético como Edward?

Edward fez sua análise, e descobriu que precisava da alegria de Ray; Ray fez o mesmo, e descobriu que precisava achar a sua identidade como Edward o fez.

E eu, me identifico com os acertos ou com as mazelas perdidas de Ray e Edward?

sexta-feira, 21 de março de 2008

Devo, não nego...

Hoje muitos dizem o conhecer, muitos dizem o ter achado, alguns até o vendem, mas poucos realmente entenderam que a questão principal não é o achar, e sim o ser por Ele achado; não é o alcançar, mas sim o ser alcançado; não é o ter, e sim o tão impossível ato de dar. Dar sem medo, sem medo de não receber de volta. Dever - reconhecendo diante de todos que devo - e quando for cobrado, pagar. Assim eu quero viver, nessa imensurável e intrigante, para alguns fatídica, dívida de amar.

"A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei." (Rm 13:8)

Certezas e desatinos

Penso. Logo visto... Quando me deparo com meu armário para fazer uma escolha, não costumo demorar muito.Porém, nem todas as escolhas são assim. Nem tudo é tão fácil; nem tudo é tão certo. Certeza... Essa é uma palavra um tanto quanto escassa no vocabulário de uns e tão usada no de outros. Eu mesmo não tenho muitas, mas uma certeza eu tenho: "NADA poderá me separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus." E essa... Essa é a única certeza que me basta.

Mãos calejadas

Dia chuvoso. Quatro horas da manhã. Os ossos doem. E ele acorda, e levanta, e caminha, e ele faz o seu serviço. E ele leva a bóia fria para o campo. Homem de dores, que sua de verdade e tem as mãos calejadas para manter o pão de cada dia.

Cada um tem um propósito. Cada um tem uma vida. Cada um chora o seu pranto. Mas e o sangue derramado, quem chorará? (Se nem pelo leite choram mais, quanto mais pelo sangue alheio). Com as vidas que se vão, quem vai se importar? E o trabalho que o Carpinteiro nos deixou, quem fará? Será que existe poeta que ame a esse ponto? Me ocorre que se não posso convencê-los, também não os devo negligenciar, porquanto meu trabalho é simplesmente dizer a verdade...


Como estão as minhas mãos? Se estão marcadas pela fineza do descaso, me perdoe. Se estão como o veludo do egoísmo, quem me salvará... Quero que as minhas mãos tenham os seus calos. Calos de amor; calos de compaixão; calos de um coração que tem os seus sentimentos e que chora pelas suas tristezas. Calos de quem realmente se importa com o importúnio gerado por aqueles que não te conhecem. Calos de quem não esconde a verdade e quer ter o seu nome marcado para sempre no coração...

Os calos não doem mais do que os cravos... Quem sou eu para rejeitá-los?