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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Desabafo/Esperança

"Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora que é chegada a nossa hora"...


Antes de tudo, existe uma coisa chamada 'graça comum'. É essa a porção de graça que o Soberano derrama sobre todos, é o verdadeiro sentido de 'o sol nasce para justos e injustos' (incluindo o Marcelo Camelo, o Rodrigo Amarante, etc) .

Dito isso, passo a falar sobre o que esse verso acima me fez pensar hoje.

Sei que a intenção do poeta nessa música não foi dizer o que eu pensei. Mas sei também que isso não quer dizer nada, que a poesia diz tão somente aquilo que nós ouvimos e que as vezes as interpretações mudam de acordo com o olhar que incide sobre a arte.

Essas últimas semanas, meses (quiçá os últimos anos) tem sido de muitas decepções para o povo brasileiro em muitos aspectos. Sem querer ser pessimista ou otimista, apenas analisando os fatos, dá pra lembrar de tantos escandalos no Congresso, como o mensalão e o mais recente caso dos atos secretos.

Daí, olhamos para a igreja evangélica brasileira (talvez ingenuamente) procurando uma resposta a tantos escândalos e, ao invéz disso, parece que a imagem única é a de um povo que corrobora com todos os absurdos recentes. Pastores presos por evasão de divisas, outros denunciados por escândalos envolvendo dízimo de fiéis...

E no seio de uma sociedade que clama por justiça e por mais honestidade, o que (parte da) igreja apresenta é uma afinidade contraditória com todos os impropérios que tanto assolam nosso povo. Uma irresponsabilidade gerada por um desejo canalha de satisfazer aos próprios anseios. Anseios esses tão "secretos" quanto os malfadados atos dos nossos senadores...

Em meio a isso tudo, olho para esse primeiro verso... Sabe, foi como um consolo, uma constatação providencial em meio à amargura. Pensar que nada nesse mundo é maior que o amor e que o nosso Deus nos ama incondicionalmente. Apesar de tantos falsos profetas, tantos oportunistas; apesar do nosso desgosto em relação à vida; apesar de nós, Ele nos ama.

E nada pode nos separar desse amor...

domingo, 29 de março de 2009

Sobre Deus...

Deus é a razão da existência, a emoção da convivência, a execução da reluzência. Seu amor não tem fim, sua graça é melhor do que a vida e suas misericórdias se renovam a cada amanhecer meu em sua presença. A cada momento em que eu busco sair das trevas do pecado e procuro os seus braços, eu amanheço. Ela se renova. Sinto-me amado...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Medo do novo.

Estive pensando esses dias...

Como nós (pelo menos eu) temos dificuldade de aceitar o novo. Como é difícil abrir mão daquilo que nos é usual para abraçar o estranho. Como é esquisito o sentimento de se permitir esquecer daquilo a que somos tão apegados e conhecer novos horizontes, novas estradas, novos rostos...

Resolvi me abrir pro novo...

Sem esquecer do que construí, sem desvalorizar o que cultivei, mas sabendo que, talvez, o que fizemos antes provavelmente não será suficiente para preencher a necessidade de viver, de explorar, de descobrir...

"Oh Deus! Me ajude a não deixar pra trás aquilo que cultivei segundo os seus caminhos! Mas me ajude também a saber que os seus caminhos são mais altos que os meus; e que não se resumem apenas àquilo que me faz sentir confortável..." Orei, então, eu.

E que a paz de d'Ele, que de fato excede todo entendimento, me guie pelos novos caminhos, pelas novas jornadas, pela estrada que ele me preparou...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Como vão os nossos dedos?

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"Num dia desses eu estava cortando as unhas das mãos..."

A história é mais ou menos assim: A uns 10 anos atrás, ganhei de presente da minha tia-avó um violão. Achei o máximo! Eu queria muito aprender a tocar alguma coisa...

Ingressei então em uma aula de violão (nada mais conveniente, ora pois...) e, na primeira aula, desisti de fazer aulas de violão. Não me lembro muito bem o porquê, mas sei que era meio chato, sabe? Uns exercícios para alongar os dedos e - como não lembrar disso! - as letrinhas, que eu outrora via nas divertidas sopas, agora eram "símbolos" ou "cifras"; representavam acordes! Preferi a sopa de letrinhas. Abandonei a aula e o violão, que virou uma peça de decoração no meu quarto...

Entretanto - depois de uns 4 anos ouvindo a invariável e perturbadoramente esfuziante pergunta das visitas (seguida obviamente de uma expressão de decepção do tipo: tsc tsc...): "Você sabe tocar?!' - resolvi tomar uma atitude. Comprei uma revistinha de guitarra daquelas que ensina uns acordes na banca de jornais mais perto da minha casa e resolvi naquele dia, 25 de maio (mentira... eu não lembro sequer o ano, que dirá o dia) que eu iria tocar violão! Obviamente não foi uma escolha tão inteligente quanto se eu tivesse escolhido voltar para a aula. Mas e daí? Nem sempre os mais inteligentes viram presidente, não é mesmo!? Por que, então, eu teria que ser inteligente nessa hora?

A partir de então, não parei mais. Aos poucos o violão foi tomando o tempo da bateria (que a propósito, foi o instrumento que acabei estudando depois de largar aquela primeira aula) e, "sorrateiro como o terceiro, que vinha do nada" acabou por ser o instrumento que mais pratico hoje em dia, o que me trouxe uma consequencia pra lá de inconveniente: calos nos dedos.

"E num dia desses eu estava cortando as unhas das mãos..."

E reparando nos meus dedos. Depois de alguns anos de violão, de cordas de aço especialmente, as pontas dos dedos da mão esquerda ficaram completamente calejadas. E pior: Esses calos fizeram com que a ponta dos meus dedos ficassem desprovidas de impressões digitais!

E isso me levou a pensar um pouquinho em uma outra coisa: Identidade

Qual é a nossa identidade? O que podemos apresentar às pessoas e, principalmente, a nós mesmos quando nos deparamos com a inconveniente pergunta: "Quem é você?". Pode parecer fácil, mas os conflitos existencias dos quais tanto nos gabamos de não vivenciarmos podem ser mais reais do que nos parece. E com essa coisa toda da digital fiquei pensando em identidade...

Que tipo de pessoas nós somos enquanto vivemos para nós mesmos e que outro tipo de pessoas nos tornamos quando a arrebatadora e irresistível graça de Deus nos alcança?

Me parece que o evangelho de Jesus Cristo nos trás calos; calos esses que são a marca de uma nova identidade, uma nova vida. E a nossa velha identidade fica para trás, pois sem os calos da graça, seria muito mais doloroso viver, muito mais sofrível passar pelas provações e mesmo assim continuar caminhando, seguindo as pegadas tão firmes e e seguras d'Aquele que nos deu direção no viver.

Seria muito mais doloroso tocar meu violão sem meus calos. E também seria muito mais sem graça viver sem meu violão...

quinta-feira, 27 de março de 2008

A quarta estrofe remete à primeira



"O sangue no rosto, os cravos nas mãos, a coroa, a sede, o ódio dos homens, a distância do Pai, a dor, a cruz, a morte..."

Seria isso tudo necessário? Porque tanto? Eu merecia? Uma simples morte não era suficiente? Qual é o motivo do sofrimento?

Paro pra pensar... Será que isso tudo foi por acaso? Os meus pecados não poderiam ser pagos com uma morte menos dolorosa? Em meio a tantos questionamentos olho pra dentro e contemplo a resposta... O meu pecado gerou a sua dor. A minha falta de arrependimento, o seu sofrimento. O seu amor gerou o sacrifício...

"O sangue no rosto, os cravos nas mãos,a coroa, a sede, o ódio dos homens, a distância do Pai, a dor, a cruz, a morte... a VIDA!"

Qual é o preço da minha vida? Eu nunca vou saber. Só sei que para que eu a tivesse foi preciso que houvesse morte... E morte de cruz.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Certezas e desatinos

Penso. Logo visto... Quando me deparo com meu armário para fazer uma escolha, não costumo demorar muito.Porém, nem todas as escolhas são assim. Nem tudo é tão fácil; nem tudo é tão certo. Certeza... Essa é uma palavra um tanto quanto escassa no vocabulário de uns e tão usada no de outros. Eu mesmo não tenho muitas, mas uma certeza eu tenho: "NADA poderá me separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus." E essa... Essa é a única certeza que me basta.

Mãos calejadas

Dia chuvoso. Quatro horas da manhã. Os ossos doem. E ele acorda, e levanta, e caminha, e ele faz o seu serviço. E ele leva a bóia fria para o campo. Homem de dores, que sua de verdade e tem as mãos calejadas para manter o pão de cada dia.

Cada um tem um propósito. Cada um tem uma vida. Cada um chora o seu pranto. Mas e o sangue derramado, quem chorará? (Se nem pelo leite choram mais, quanto mais pelo sangue alheio). Com as vidas que se vão, quem vai se importar? E o trabalho que o Carpinteiro nos deixou, quem fará? Será que existe poeta que ame a esse ponto? Me ocorre que se não posso convencê-los, também não os devo negligenciar, porquanto meu trabalho é simplesmente dizer a verdade...


Como estão as minhas mãos? Se estão marcadas pela fineza do descaso, me perdoe. Se estão como o veludo do egoísmo, quem me salvará... Quero que as minhas mãos tenham os seus calos. Calos de amor; calos de compaixão; calos de um coração que tem os seus sentimentos e que chora pelas suas tristezas. Calos de quem realmente se importa com o importúnio gerado por aqueles que não te conhecem. Calos de quem não esconde a verdade e quer ter o seu nome marcado para sempre no coração...

Os calos não doem mais do que os cravos... Quem sou eu para rejeitá-los?