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terça-feira, 30 de junho de 2009

Viver

Então...

Tem uma música de um camarada chamado Stênio Marcius que diz o seguinte:

"E se a dor for minha sina
Será que ainda faço rima?
Canto alegre a melodia?

E se eu perdesse tudo
Será que com tudo me alegraria em Deus?"

Não sei se já deu pra perceber pelos textos que eu posto aqui, mas um dos assuntos que eu mais gosto de pensar sobre é a felicidade...

Isso porque eu não consigo concebê-la como a maioria das pessoas; não consigo acreditar na felicidade como um ideal de vida, que se não for alcaçado nós perderemos a razão de viver. Geralmente as pessoas condicionam, expressa ou tacitamente, a felicidade a uma circunstância tal, que se não for cumprida, representará a desventura sem fim.

Eis o que eu acho:

Pobre do ser humano que depende de suas próprias razões, de seus próprios objetivos pra alcançar alguma coisa nessa vida. Millôr Fernandes disse que viver é desenhar sem borracha. Concordo com ele. E ainda acrescento: Ser feliz passa por reconhecer isso; passa por ter a consciência de que independente de erros e acertos, todos podemos ter uma razão de viver. Como disse o Tim Maia (e eu não to zoando!): "Ah! na vida a gente tem que entender/ que um nasce pra sofrer/ enquanto o outro ri/ Mas quem sofre tem que procurar/ pelo menos vir achar/ razão para viver."

É por ai mesmo!

Então, voltando aos primeiros versos, será que Deus é suficiente pra mim? Será que Ele tem sido realmente a 'porção do meu cálice'?

Ou será que 'ser feliz' tem sido mais importante pra mim do que viver?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Medo do novo.

Estive pensando esses dias...

Como nós (pelo menos eu) temos dificuldade de aceitar o novo. Como é difícil abrir mão daquilo que nos é usual para abraçar o estranho. Como é esquisito o sentimento de se permitir esquecer daquilo a que somos tão apegados e conhecer novos horizontes, novas estradas, novos rostos...

Resolvi me abrir pro novo...

Sem esquecer do que construí, sem desvalorizar o que cultivei, mas sabendo que, talvez, o que fizemos antes provavelmente não será suficiente para preencher a necessidade de viver, de explorar, de descobrir...

"Oh Deus! Me ajude a não deixar pra trás aquilo que cultivei segundo os seus caminhos! Mas me ajude também a saber que os seus caminhos são mais altos que os meus; e que não se resumem apenas àquilo que me faz sentir confortável..." Orei, então, eu.

E que a paz de d'Ele, que de fato excede todo entendimento, me guie pelos novos caminhos, pelas novas jornadas, pela estrada que ele me preparou...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Como vão os nossos dedos?

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"Num dia desses eu estava cortando as unhas das mãos..."

A história é mais ou menos assim: A uns 10 anos atrás, ganhei de presente da minha tia-avó um violão. Achei o máximo! Eu queria muito aprender a tocar alguma coisa...

Ingressei então em uma aula de violão (nada mais conveniente, ora pois...) e, na primeira aula, desisti de fazer aulas de violão. Não me lembro muito bem o porquê, mas sei que era meio chato, sabe? Uns exercícios para alongar os dedos e - como não lembrar disso! - as letrinhas, que eu outrora via nas divertidas sopas, agora eram "símbolos" ou "cifras"; representavam acordes! Preferi a sopa de letrinhas. Abandonei a aula e o violão, que virou uma peça de decoração no meu quarto...

Entretanto - depois de uns 4 anos ouvindo a invariável e perturbadoramente esfuziante pergunta das visitas (seguida obviamente de uma expressão de decepção do tipo: tsc tsc...): "Você sabe tocar?!' - resolvi tomar uma atitude. Comprei uma revistinha de guitarra daquelas que ensina uns acordes na banca de jornais mais perto da minha casa e resolvi naquele dia, 25 de maio (mentira... eu não lembro sequer o ano, que dirá o dia) que eu iria tocar violão! Obviamente não foi uma escolha tão inteligente quanto se eu tivesse escolhido voltar para a aula. Mas e daí? Nem sempre os mais inteligentes viram presidente, não é mesmo!? Por que, então, eu teria que ser inteligente nessa hora?

A partir de então, não parei mais. Aos poucos o violão foi tomando o tempo da bateria (que a propósito, foi o instrumento que acabei estudando depois de largar aquela primeira aula) e, "sorrateiro como o terceiro, que vinha do nada" acabou por ser o instrumento que mais pratico hoje em dia, o que me trouxe uma consequencia pra lá de inconveniente: calos nos dedos.

"E num dia desses eu estava cortando as unhas das mãos..."

E reparando nos meus dedos. Depois de alguns anos de violão, de cordas de aço especialmente, as pontas dos dedos da mão esquerda ficaram completamente calejadas. E pior: Esses calos fizeram com que a ponta dos meus dedos ficassem desprovidas de impressões digitais!

E isso me levou a pensar um pouquinho em uma outra coisa: Identidade

Qual é a nossa identidade? O que podemos apresentar às pessoas e, principalmente, a nós mesmos quando nos deparamos com a inconveniente pergunta: "Quem é você?". Pode parecer fácil, mas os conflitos existencias dos quais tanto nos gabamos de não vivenciarmos podem ser mais reais do que nos parece. E com essa coisa toda da digital fiquei pensando em identidade...

Que tipo de pessoas nós somos enquanto vivemos para nós mesmos e que outro tipo de pessoas nos tornamos quando a arrebatadora e irresistível graça de Deus nos alcança?

Me parece que o evangelho de Jesus Cristo nos trás calos; calos esses que são a marca de uma nova identidade, uma nova vida. E a nossa velha identidade fica para trás, pois sem os calos da graça, seria muito mais doloroso viver, muito mais sofrível passar pelas provações e mesmo assim continuar caminhando, seguindo as pegadas tão firmes e e seguras d'Aquele que nos deu direção no viver.

Seria muito mais doloroso tocar meu violão sem meus calos. E também seria muito mais sem graça viver sem meu violão...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Algumas frases...

"Eu creio no Cristianismo tal como creio que o Sol nasceu, não apenas porque o vejo mas porque através dele eu vejo todas as outras coisas."

( C.S. Lewis)

"A medicina cria pessoas doentes, a matemática, pessoas tristes, e a teologia, pecadores"

(Martinho Lutero)


"Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes."

(Martin luther King Jr.)


“Eu continuo a ser uma coisa só: um palhaço, o que me coloca num nível mais elevado do que o de qualquer político.”

(Charles Chaplin)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que vocês acham?

Deus ajuda a quem cedo madruga ou cedo ajuda quem por Deus "madruga"?

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pensando pequeno

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Ficamos atrelados aos presentes maiores...

Essa época de natal me lembra quando eu era criança. Parece que o natal era mais "descolado" quando da mente juvenil de outrora...

Mas isso não vem ao caso, o que importa são os fatos: Quando chegava a hora dos presentes, invariavelmente eu procurava a maior caixa ( leia-se: a que parecia não ser a caixa de cuecas, presente esse factível quando se tem tios e tias). Os maiores sempre me chamavam mais atenção, mesmo depois de várias experiências de presentes pequenos que me foram muito mais atraentes depois de descobertos...

Às vezes nós pensamos assim da vida. Temos a tendência de dar mais valor às coisas grandes, vistosas. De fato elas são importantes, mas não tão mais importantes do que algumas experiências que insistimos em deixar passar em branco. Acho que é por isso que dizem que nunca se é velho de mais para se aprender um novo jeito de ser um estúpido. Porque a nossa mente é uma engenhoca megalomaníaca, fanática, que só pensa naquilo que satizfaz aos nossos olhos; não os físicos, necessariamente, mas os da alma. E vamos deixando as coisas que fazem diferença no nosso aprendizado passarem como as moças de meia idade... totalmente desapercebidas.

Algumas coisas simples nos tornam seres mais complexos, mais completos; ao passo que tantas outras grandes coisas nos fazem apenas detentores de grandes coisas, e não grandes homens. Creio que o pensamento que nos norteia, principalmente enquanto cristãos, é o de "ser" alguém, ter uma identidade definida. O que pressupõe de forma instantânea a igual necessidade de ter a consciência de que, para "ser", é preciso se esvaziar.

Está aí o grande ponto! Ao nos esvaziarmos, dando valor às coisas simples e aos conceitos simples, nos tornamos grandes homens. Ao nos humilharmos diante d'Aquele que é sobre todos, aprendemos a sermos menores, razão que nos faz assim, grandes homens.

Ao aprendermos o verdadeiro significado de palavras simples; como "amor", "perdão", "fé", "esperança", podemos ver a grandeza do que é verdadeiramente profundo (o que também nos torna grandes homens).

Então, ao invéz de "pensar grande", porque não tentar "pensar pequeno"? Se fossemos mais meticulosos no que tange às balzaquianas, talvez encontrássemos tesouros maiores ainda...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Gente estranha

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É de lei...

Sempre acontece comigo;

Encontrar pessoas estranhas é uma constante na minha vida. Talvez por ter estudado música em uma escola bem; digamos, "eclética" como a Villa Lobos, me acostumei desde cedo a ver cabelos e estilos dos mais estranhos e exóticos possíveis ( Salve a escola da rua Ramalho Ortigão!). Mas o assunto de hoje não trata dessas pessoas; ou melhor, desse tipo de estranhesa.

Tem gente que é estranha de uma outra forma. É uma estranheza representada por atitudes que são TÃO desnecessárias, que de tão desnecessárias soam estranhas, mais ainda do que os cabelos dos estudantes da arte maior. São pessoas que acham que só elas têm educação. As vezes essas pessoas propõe coisas que elas mesmas não fariam, mas, por achar que você não é tão educado e tão distinto quanto elas são, acabam te propondo e, tacitamente, declaram: "Já que você não é tão educado como eu, porque você não faz isso? Porque você não aceita aquilo?"

Outras pessoas são mais estranhas ainda... Se esquecem de que a gente se junta por afinidade, mas, com o passar do tempo, é preciso passar a olhar um pouco mais para as razões do que para as atitudes das pessoas, de maneira a manter vivos os relacionamentos.

Ainda há aquelas que de tão inseguras que são, não admitem que a vida apresenta o sol e a chuva para todos; que assim como temos momentos de ventura, o revéz também se mostra presente. Assim, não vêem que a maior vitória de todas é poder aprender com os nossos erros, buscar o acerto e, sobretudo, poder um dia olhar para os erros e não apenas chorar por eles; mas rir...

De tão estranhas que são, as pessoas me fazem sentir um cara mais estranho ainda...

Cara Estranho

"Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem"

(Los Hermanos)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Profundidade

Muitos parecem ter, alguns acham que têm; mas, na verdade, conheci pouquíssimas pessoas que mostram além de um sorriso amarelo e desconcertado. Esses dias tenho sentido falta de profundidade... Sinto falta de transparência nas atitudes e - por mais "naive" que isso pareça - no olhar. Mas acredito no ser humano, acredito que a vida continua sendo um presente; basta saber viver (mesmo longe da profundidade).

Ah! A vida!


"Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Viver
E não ter a vergonha de ser feliz... "

(Gonzaguinha)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Preconceito velado

Não sei quanto a você...

Mas eu me incomodo muito com algumas conclusões "da moda" que tenho ouvido por ai. Como já foi escrito na minha descrição, sou estudante de direito e, muito por conta disso, tenho tido a oportunidade de participar de alguns debates sobre assuntos diversos. A lógica é sempre a mesma...

Se você se mostra conservador em algum aspecto, seja ele qual for, pode acreditar que a maioria das pessoas virão com paus, pedras e mais outras palavras hostis dizendo que você é preconceituoso, quadrado, necessita de uma mente mais "aberta" (como se mente aberta fosse sinônimo obrigatório de ausência de prejulgamentos). É quase que um fanatismo xiita, uma obceção radical pela "liberdade"!

Não posso de forma alguma conceber como pessoas dignas de um mísero minuto da minha atenção e do meu tempo as que me condenam por ser contra a teoria do "legalize". Pessoas que confundem liberdade com libertinagem e se apóiam em seu pragmatismo hipócrita, mentiroso e cheio de preconceitos enquanto tudo o que se tenta prezar é pela malfadada liberdade de expressão.

Não, não venham me dizer que sou preconceituoso... Não se minhas palavras não forem ofensivas, mas apenas contrárias a essa ilusão eufemisada pelo "progressismo".

O problema é que as vezes falar a verdade e contestar o senso comum pode ser ofensivo para quem não quer ver além da própria ingenuidade; gente que espera um conto de fadas para suprir os vazios da mente e do coração e, ainda por cima, insiste em negar a existência de uma verdade...


"Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria." (Charles Chaplin)