"Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora que é chegada a nossa hora"...
Antes de tudo, existe uma coisa chamada 'graça comum'. É essa a porção de graça que o Soberano derrama sobre todos, é o verdadeiro sentido de 'o sol nasce para justos e injustos' (incluindo o Marcelo Camelo, o Rodrigo Amarante, etc) .
Dito isso, passo a falar sobre o que esse verso acima me fez pensar hoje.
Sei que a intenção do poeta nessa música não foi dizer o que eu pensei. Mas sei também que isso não quer dizer nada, que a poesia diz tão somente aquilo que nós ouvimos e que as vezes as interpretações mudam de acordo com o olhar que incide sobre a arte.
Essas últimas semanas, meses (quiçá os últimos anos) tem sido de muitas decepções para o povo brasileiro em muitos aspectos. Sem querer ser pessimista ou otimista, apenas analisando os fatos, dá pra lembrar de tantos escandalos no Congresso, como o mensalão e o mais recente caso dos atos secretos.
Daí, olhamos para a igreja evangélica brasileira (talvez ingenuamente) procurando uma resposta a tantos escândalos e, ao invéz disso, parece que a imagem única é a de um povo que corrobora com todos os absurdos recentes. Pastores presos por evasão de divisas, outros denunciados por escândalos envolvendo dízimo de fiéis...
E no seio de uma sociedade que clama por justiça e por mais honestidade, o que (parte da) igreja apresenta é uma afinidade contraditória com todos os impropérios que tanto assolam nosso povo. Uma irresponsabilidade gerada por um desejo canalha de satisfazer aos próprios anseios. Anseios esses tão "secretos" quanto os malfadados atos dos nossos senadores...
Em meio a isso tudo, olho para esse primeiro verso... Sabe, foi como um consolo, uma constatação providencial em meio à amargura. Pensar que nada nesse mundo é maior que o amor e que o nosso Deus nos ama incondicionalmente. Apesar de tantos falsos profetas, tantos oportunistas; apesar do nosso desgosto em relação à vida; apesar de nós, Ele nos ama.
E nada pode nos separar desse amor...
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