quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pensando pequeno

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Ficamos atrelados aos presentes maiores...

Essa época de natal me lembra quando eu era criança. Parece que o natal era mais "descolado" quando da mente juvenil de outrora...

Mas isso não vem ao caso, o que importa são os fatos: Quando chegava a hora dos presentes, invariavelmente eu procurava a maior caixa ( leia-se: a que parecia não ser a caixa de cuecas, presente esse factível quando se tem tios e tias). Os maiores sempre me chamavam mais atenção, mesmo depois de várias experiências de presentes pequenos que me foram muito mais atraentes depois de descobertos...

Às vezes nós pensamos assim da vida. Temos a tendência de dar mais valor às coisas grandes, vistosas. De fato elas são importantes, mas não tão mais importantes do que algumas experiências que insistimos em deixar passar em branco. Acho que é por isso que dizem que nunca se é velho de mais para se aprender um novo jeito de ser um estúpido. Porque a nossa mente é uma engenhoca megalomaníaca, fanática, que só pensa naquilo que satizfaz aos nossos olhos; não os físicos, necessariamente, mas os da alma. E vamos deixando as coisas que fazem diferença no nosso aprendizado passarem como as moças de meia idade... totalmente desapercebidas.

Algumas coisas simples nos tornam seres mais complexos, mais completos; ao passo que tantas outras grandes coisas nos fazem apenas detentores de grandes coisas, e não grandes homens. Creio que o pensamento que nos norteia, principalmente enquanto cristãos, é o de "ser" alguém, ter uma identidade definida. O que pressupõe de forma instantânea a igual necessidade de ter a consciência de que, para "ser", é preciso se esvaziar.

Está aí o grande ponto! Ao nos esvaziarmos, dando valor às coisas simples e aos conceitos simples, nos tornamos grandes homens. Ao nos humilharmos diante d'Aquele que é sobre todos, aprendemos a sermos menores, razão que nos faz assim, grandes homens.

Ao aprendermos o verdadeiro significado de palavras simples; como "amor", "perdão", "fé", "esperança", podemos ver a grandeza do que é verdadeiramente profundo (o que também nos torna grandes homens).

Então, ao invéz de "pensar grande", porque não tentar "pensar pequeno"? Se fossemos mais meticulosos no que tange às balzaquianas, talvez encontrássemos tesouros maiores ainda...

1 perspectiva(s):

Gustavo Paes disse...

excelente esse texto...
uma lição de vida...
continue postando...

pequenas pessoas entram
em blogs de pequenas pessoas
num determinado pequeno tempo
para lerem grandes coisas...