quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Telha (para Fernanda)

Sempre que um tesouro se apanha
É preciso mais que uma pá
Pois a mesma mão que o desenterra
É aquela que há de lapidar

Traz a eternidade e põe a mesa
Que hoje o tempo voa sem pudor
Senta e não espera ter de volta
A mesma mente vã que aqui chegou
 
A chuva cai na telha lá fora
Mas o violão não pode se encostar
A vida é bem mais do que o meu tempo me mostra
Mas tempo requer pra ela se encontrar
Se encontrar

Hoje a graça vem e se renova
O meu coração recebe a paz
Paz que em Cristo tive por herança
Abri a minha alma pra procurar

Feitos alguns retratos dos meus dias
O tempo em preto e branco os deixará
Fica na memória a alegria
Que as pequenas coisas vão deixar

A resposta vem no coração
Paz que guia ao que nos é maior (melhor)
Ao seu fim

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