quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Como vão os nossos dedos?

Photobucket



"Num dia desses eu estava cortando as unhas das mãos..."

A história é mais ou menos assim: A uns 10 anos atrás, ganhei de presente da minha tia-avó um violão. Achei o máximo! Eu queria muito aprender a tocar alguma coisa...

Ingressei então em uma aula de violão (nada mais conveniente, ora pois...) e, na primeira aula, desisti de fazer aulas de violão. Não me lembro muito bem o porquê, mas sei que era meio chato, sabe? Uns exercícios para alongar os dedos e - como não lembrar disso! - as letrinhas, que eu outrora via nas divertidas sopas, agora eram "símbolos" ou "cifras"; representavam acordes! Preferi a sopa de letrinhas. Abandonei a aula e o violão, que virou uma peça de decoração no meu quarto...

Entretanto - depois de uns 4 anos ouvindo a invariável e perturbadoramente esfuziante pergunta das visitas (seguida obviamente de uma expressão de decepção do tipo: tsc tsc...): "Você sabe tocar?!' - resolvi tomar uma atitude. Comprei uma revistinha de guitarra daquelas que ensina uns acordes na banca de jornais mais perto da minha casa e resolvi naquele dia, 25 de maio (mentira... eu não lembro sequer o ano, que dirá o dia) que eu iria tocar violão! Obviamente não foi uma escolha tão inteligente quanto se eu tivesse escolhido voltar para a aula. Mas e daí? Nem sempre os mais inteligentes viram presidente, não é mesmo!? Por que, então, eu teria que ser inteligente nessa hora?

A partir de então, não parei mais. Aos poucos o violão foi tomando o tempo da bateria (que a propósito, foi o instrumento que acabei estudando depois de largar aquela primeira aula) e, "sorrateiro como o terceiro, que vinha do nada" acabou por ser o instrumento que mais pratico hoje em dia, o que me trouxe uma consequencia pra lá de inconveniente: calos nos dedos.

"E num dia desses eu estava cortando as unhas das mãos..."

E reparando nos meus dedos. Depois de alguns anos de violão, de cordas de aço especialmente, as pontas dos dedos da mão esquerda ficaram completamente calejadas. E pior: Esses calos fizeram com que a ponta dos meus dedos ficassem desprovidas de impressões digitais!

E isso me levou a pensar um pouquinho em uma outra coisa: Identidade

Qual é a nossa identidade? O que podemos apresentar às pessoas e, principalmente, a nós mesmos quando nos deparamos com a inconveniente pergunta: "Quem é você?". Pode parecer fácil, mas os conflitos existencias dos quais tanto nos gabamos de não vivenciarmos podem ser mais reais do que nos parece. E com essa coisa toda da digital fiquei pensando em identidade...

Que tipo de pessoas nós somos enquanto vivemos para nós mesmos e que outro tipo de pessoas nos tornamos quando a arrebatadora e irresistível graça de Deus nos alcança?

Me parece que o evangelho de Jesus Cristo nos trás calos; calos esses que são a marca de uma nova identidade, uma nova vida. E a nossa velha identidade fica para trás, pois sem os calos da graça, seria muito mais doloroso viver, muito mais sofrível passar pelas provações e mesmo assim continuar caminhando, seguindo as pegadas tão firmes e e seguras d'Aquele que nos deu direção no viver.

Seria muito mais doloroso tocar meu violão sem meus calos. E também seria muito mais sem graça viver sem meu violão...

1 perspectiva(s):

JT. Almeida disse...

Isso q é viagem!!rsrs
Eu AMO essas viagens!! Eu sempre viajo assim!!! rsrs
É verdade!! Como seria viver tds as tribulações q Deus nos fala, as quais não são maiores que não podemos suportar, se não fossem os "calos da graça", e assim a cada dia assimilarmos essa nossa NOVA identidade, CRISTO EM NÓS A ESPERANÇA DA GLÓRIA DE DEUS.
É sempre bom ler as suas palavras!!

bjos